10 de setembro de 2010

05 - Críticas aos FILMES ESPÍRITAS

      Na semana em que minha mãe desencarnou, estava estreando o Filme "Chico Xavier" e no 7ºdia de seu desencarne, ocorreram duas missas em seu nome como de costume católico, uma foi realizada na Catedral por um padre muito amigo nosso, na qual proferiu uma homilia (sermão) muita instrutiva, onde comentou o Evangelho do Dia e ainda fez refências á nossa mãezinha, que ele chegou a conhecê-la muito bem. Já a outra missa, realizada em nosso bairro por um padre muito querido pela Renovação Carismática, não foi muito feliz em seu sermão. Ao invés de comentar as leituras do dia, preferiu atacar o filme que estava arrebanhando mutidões de seus fiéis aos cinemas naquela semana, esqueceu de falar sobre sua religião e fez infelizes comparações citando Chico e o Espiritismo. Dizia com voz firme e em tom violento "Não assistam este filme, não vão ao cinema". Ao final da missa, eu iria até a sacristia dar-lhe um abraço em agradecimento, iria lhe dizer "Obrigado pela divulgação". Pois ao final da celebração, os comentários eram "Você assistiu? Eu fui lá, que filme lindo" outros diziam "Agora que eu quero ir lá ver" e aqueles que sabiam da minha crença, perguntavam-me sobre o filme. É como diz o ditado popular "O proibido é mais gostoso".
      Não estou aqui cuspindo no prato que comí, nem julgando o sacerdócio católico, mas por já um dia estar daquele lado, acredito que não cai bem ficar fazendo este tipo de comentário hoje em dia, todos nós sabemos que estamos no momento de nos unirmos, é chegada a hora, os católicos sabem que chegamos ao Novo Milênio, os protestantes sabem que a Vinda do Cristo está próxima, os esotéricos dizem a Nova Era...cada qual com sua crença, mas todos sabem que este é o momento. Não nos levará a nada proibir algo que vem de Cristo, estes filmes espiritas estão aí somente para contribuir na Evangelização, de uma forma universal.
     Na estréia do filme de Chico, a Revista Super Interessante fez uma matéria exclusiva delatando toda nossa Doutrina, passando aos leitores, informações errôneas quanto á pessoa e á mediunidade de Chico Xavier, trocando até nomes de pessoas e cidades relacionadas ao médium mineiro.
     Foi enviada uma carta á redação explicando o equívoco editado pela repórter, mas sabemos que estas coisas não se publicam para esclarecer os leitores, poderia-se até publicar numa edição seguinte no espaço "errata", mas isto nunca ocorreu e nem irá ocorrer agora, que desta vez foi a vez da Revista Veja atacar o filme "Nosso Lar".
     Queremos agradecer a Revista Veja pela divulgação, pois com sua matéria, talvez impulsionou alguns leitores á correrem para os cinemas, assistirem o filme tão comentado, graças á comentários como estes em revistas, jornais, templos religiosos, nossos dois filmes estão entre os recordistas de bilheteria e arrecadação no Cinema Nacional, números nunca vistos antes.
     Veja agora abaixo a carta que nosso querido médium Richard Simonetti enviou para a revista:

     Carta para a revista VEJA – 01 09 2010


     Senhor redator.

     Como espírita, assinante dessa revista há muitos anos, lamento o tom de deboche que caracterizou sua reportagem sobre o filme Nosso Lar, o que, diga-se de passagem, também está presente em matérias sobre outras religiões. Nesse aspecto, VEJA é uma revista coerentemente debochada. Não respeita a crença de nenhum leitor.
    
     Pior são os erros de apreciação sobre a Doutrina Espírita, revelando ignorância do repórter, uma falha perigosa, porquanto coloca em dúvida outras matérias e informações. Como saber se os responsáveis estavam preparados para escrevê-las, evitando fantasias e especulações?

     Para sua apreciação, senhor redator, algumas “escorregadelas” do repórter:

     a) Grafa entre aspas o verbo desencarnar. Só teria sentido se ainda não houvesse sido dicionarizado. Por outro lado, noventa por cento dos brasileiros são espiritualistas, isto é, acreditam na existência e sobrevivência do Espírito. Este ser imortal desencarna, jamais morre. A minoria materialista, que acredita que tudo termina no túmulo, certamente terá surpresas quando “morrer”.

     b) Fala em cordilheira de ectoplasma onde se situaria Nosso Lar. De onde tirou isso? Ectoplasma é um fluido exteriorizado pelos médiuns para trabalhos de materialização. Os físicos, esses visionários cujas “fantasias” acabam confirmadas pela Ciência, falam hoje que há universos paralelos, que se interpenetram, semelhantes ao nosso. A partir daí não é difícil imaginar o mundo espiritual descrito por André Luiz como parte de um universo paralelo com seres e coisas semelhantes à Terra, feitos de matéria num outro estado de vibração, não um mundo “ectoplasmático”, mas de quinta-essência material. Nada de se admirar, portanto, que em cidades desse mundo existam pessoas com “uma rotina parecida com a dos vivos: comem, bebem, trabalham e moram em casas modestas ou melhorzinhas”. Espirituoso esse “melhorzinhas”. Imagina o repórter que o Espírito é uma fumaça sem forma, sem consistência, habitando um nada?

     c) Situa o aeróbus, um transporte coletivo que voa, como algo improvável. Menos mal que não tenha escrito impossível. De qualquer forma, ignora, certamente, que pesquisadores estão aperfeiçoando veículos dessa natureza, em alguns países, como solução para os problemas de trânsito e que no universo paralelo, o mundo espiritual, de matéria quinta-essenciada, é muito mais fácil resolver problemas relacionados com a gravidade. Ou, imagina que tudo flutua por lá?

     d) Diz jocosamente que “o visual da colônia dos espíritos de luz comprova: o brasileiro pode até se livrar do inferno, mas não escapa nem morto da arquitetura de Oscar Niemeyer. A cidade fantasmática de Nosso Lar é a cara de Brasília…” Não se deu ao trabalho de comparar datas e não percebeu que, mais apropriadamente, Brasília copiou Nosso Lar, visto que a cidade espiritual foi descrita por André Luiz em 1943, enquanto a construção de Brasília foi planejada e ocorreu no governo de Juscelino Kubistchek, de 1956 a 1961, inaugurada em 1960.
    
     Quanto ao mais, seria recomendável aos repórteres de VEJA o benefício de um estudo acurado e sem prejulgamento do livro que deu origem ao filme, psicografado por esse atestado vivo de integridade e amor à verdade, que foi o médium Chico Xavier, para compreenderem qual é o objetivo dessa magistral obra, como resume o Espírito Emmanuel, no prefácio:

     André Luiz vem contar a você, leitor amigo, que a maior surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com a própria consciência, onde edificamos o céu, estacionamos no purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal; vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, e que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração.

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